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Cobertura noticiosa do suicídio ainda é tema tabu nas redações portuguesas
[22 de Agosto de 2022]

Um estudo sobre a cobertura noticiosa do suicídio em Portugal revela que este tema ainda parece ser tabu nas redações e os jornalistas estão divididos quanto à sua divulgação, mas há exceções em casos de relevância pública.

“Verificou-se uma clara divisão nas respostas à pergunta sobre se os suicídios devem ser noticiados”, com 48% dos jornalistas inquiridos a afirmarem que devem ser noticiados e 52% a terem opinião contrária, resultados que estão em linha com a tendência que existe à escala global entre os jornalistas, de acordo com outros estudos, disse à agência Lusa Eudora Ribeiro, autora principal da investigação.

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» Informação adicional: Sítio Prevenir Suicídio

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Gustavo Costa (1959-2022)
[21 de Agosto de 2022]

Um texto do jornalista José Pedro Castanheira, recordando o correspondente do Expresso em Luanda, desaparecido nesta sexta-feira.

“Era seguramente um dos melhores e mais independentes jornalistas de Angola. Quando conversávamos, percebia-se de imediato que sabia mais, muito mais, do que se passava em Luanda do que aquilo que escrevia semanalmente no Expresso. Compreende-se porquê. Por um lado, o regime angolano nunca rimou com a liberdade, particularmente com a liberdade de informação. Foi assim com Agostinho Neto, com José Eduardo dos Santos e, de forma um pouco mais mitigada, com João Lourenço. O próprio Gustavo sentiu na pele a mão pesadíssima do regime, ao ter sido condenado de forma incrível, em janeiro de 2000, a um ano de prisão (com pena suspensa). E no seu dia-a-dia de jornalista, deparou inúmeras vezes com dificuldades, obstáculos, até ameaças, umas veladas, outras nem tanto.”

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A sobrevivência financeira é o maior desafio do jornalismo digital
[19 de Agosto de 2022]

Se existe uma área do jornalismo onde a pesquisa académica é essencial para o futuro da profissão, ela é a da busca da sustentabilidade financeira, especialmente para projetos independentes e locais. Mas não é apenas a sobrevivência económica destes projetos que está em questão. Ao que tudo indica, a sustentabilidade vai deflagrar também mudanças radicais no exercício do jornalismo na era digital.

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Editorial do Guardian: a democracia reside no direito de discordar
[18 de Agosto de 2022]

Nenhum texto merece uma sentença de morte nem ser confrontado com a ameaça de agressão — escreve o Guardian em editorial, a propósito do caso Salman Rushdie.

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O jornalismo e os paradoxos das narrativas eleitorais
[18 de Agosto de 2022]

O jornalismo terá uma missão crítica na cobertura das eleições de outubro porque o que estará em jogo não são dados ou fatos, mas narrativas, a expressão da moda entre políticos e marqueteiros. Narrativa é a forma de arrumar dados, fatos e eventos para dar-lhes algum tipo de significado ou importância, e com isto influir na forma como as pessoas percebem a realidade que as cerca — escreve Carlos Castilho no Observatório da Imprensa, tratando um tema muito oportuno, pela proximidade das eleições em Angola e Brasil.

Num processo eleitoral – prossegue o jornalista –, os candidatos e seus apoiantes buscam votos através de narrativas capazes de promover seus posicionamentos, propostas e ideias. Logo, as narrativas eleitorais inevitavelmente atropelam a objetividade e a isenção porque são construídas para atender a uma estratégia política pré-estabelecida pelo candidato.

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ERC e diretor do Página Um processam-se mutuamente
[16 de Agosto de 2022]

A ERC condenou a “atitude abusiva” de Pedro Almeida Vieira, diretor do jornal digital Página Um, que, segundo a entidade, tem exercido “coação” sobre os funcionários e insultado o conselho regulador. A mesma entidade promete “acionar os mecanismos legais e judiciais para a defesa do bom nome da instituição”. O diretor do Página Um contesta a argumentação da ERC e anuncia que também o conselho regulador será “alvo de competente processo judicial”.

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Como os 0,1% mais ricos vêem os media (e por que isso importa)…
[11 de Agosto de 2022]

Segundo estudiosos, dinheiro dá aos super ricos não tanto a capacidade de manipular os media, mas o privilégio de os ignorar.

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France Presse disponibiliza curso gratuito de ‘fact checking’
[9 de Agosto de 2022]

Dotar os jornalistas e estudantes de jornalismo de “ferramentas e técnicas para enfrentar a crescente onda de desinformação e alegações falsas que pululam na internet, com impacto direto na sociedade” é o objetivo de uma formação digital lançada pela Agence France-Presse. Com o apoio da Google News Initiative, a agência noticiosa disponibiliza um curso desenvolvido pela sua equipa de fact checking, com conteúdos adaptados a qualquer nível de experiência profissional.

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Forças e debilidades da imprensa local
[8 de Agosto de 2022]

O jornalismo local está a passar, como o resto da indústria, por uma complicada fase de reinvenção do modelo de negócio, com o acréscimo de que os media locais têm a desvantagem de atingir comunidades mais pequenas, de modo que o volume de potenciais leitores dispostos a pagar uma assinatura é menor que nos media generalistas.

Mas, se for bem feito (ou seja, os media locais não se tornarem uma agência de repetição de notas oficiais por falta de recursos ou falta de visão), a posição de força pode ser muito maior, e aproveitar essa penetração para ter taxas de conversão muito altas.

Um estudo realizado na Alemanha discute tudo isso, analisando os pontos fortes e fracos da imprensa local. O estudo foi realizado pela cientista de media Anna-Lena Wagner.

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Pirataria da imprensa portuguesa causa prejuízo de milhões
[7 de Agosto de 2022]

A partilha ilegal de jornais e revistas, através de redes sociais como o WhatsApp ou o Telegram, custa à imprensa portuguesa entre 33 e 61 milhões de euros por ano. Esta estimativa resulta de um estudo do OberCom – Observatório da Comunicação, agora divulgado. A análise inclui dados estatísticos relativos à realidade de outros países, os quais não podem ser transpostos diretamente para o mercado português. As motivações para a partilha ilegal e eventuais medidas para a combater são baseadas algumas vezes em pressupostos discutíveis. A própria estimativa dos custos, num intervalo entre um valor mínimo e o seu dobro, mostra que o assunto carece de estudos mais aprofundados. Siga o link para aceder ao relatório na íntegra.

» Distribuição digital não autorizada de jornais em Portugal. Dados, impactos e perspetivas