Gustavo Costa (1959-2022)
Um texto do jornalista José Pedro Castanheira, recordando o correspondente do Expresso em Luanda, desaparecido nesta sexta-feira.
“Era seguramente um dos melhores e mais independentes jornalistas de Angola. Quando conversávamos, percebia-se de imediato que sabia mais, muito mais, do que se passava em Luanda do que aquilo que escrevia semanalmente no Expresso. Compreende-se porquê. Por um lado, o regime angolano nunca rimou com a liberdade, particularmente com a liberdade de informação. Foi assim com Agostinho Neto, com José Eduardo dos Santos e, de forma um pouco mais mitigada, com João Lourenço. O próprio Gustavo sentiu na pele a mão pesadíssima do regime, ao ter sido condenado de forma incrível, em janeiro de 2000, a um ano de prisão (com pena suspensa). E no seu dia-a-dia de jornalista, deparou inúmeras vezes com dificuldades, obstáculos, até ameaças, umas veladas, outras nem tanto.”
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