JJ #82A edição n.º 82 da revista Jornalismo & Jornalistas, que assinala os Prémios Gazeta 2022, lança o debate sobre o Regulamento Liberdade dos Meios de Comunicação Social. Carla Martins e Nuno Viegas oferecem os seus pontos de vista acerca do diploma, cujo processo legislativo está em curso na União Europeia, perspetivando mudanças a vários níveis. A crise “não é do Jornalismo, é do modelo de negócio”, sustenta Luís Filipe Simões, na abertura de um dossiê que aborda as diversas facetas de um panorama cada vez mais preocupante. A situação n’A Bola, no Jornal de Notícias e na TSF – onde se realizou uma greve inédita, como recorda Filipe Santa-Bárbara –, e a ameaça à sobrevivência do fotojornalismo merecem atenção. (mais…)Prémios de Jornalismo |
Opinião »México: 94% dos jornalistas autocensuram-seUma sondagem nacional a 569 profissionais revela que 94 por cento dos jornalistas no México se autocensuram por ataques de autoridades e do crime organizado. Opinião »Como manter a confiança nos media nos carrisNo último ano muitos de nós confiámos nos media e nas suas reportagens sobre questões globais para compreender e nos ajudar a navegar em águas turbulentas. Com uma situação tão intensa, não é de admirar que a confiança nos media agora, mais do que nunca, esteja sob constante escrutínio do público em geral. Sem mencionar o impacto da desinformação disseminada nas redes sociais, criando confusão e lançando uma sombra de dúvida na mente do público sobre as fontes de notícias. (Jo Adetunji) Opinião »Três exabruptos sobre a censuraSobre as semelhanças e diferenças entre a suposta “cultura do cancelamento” e a censura. (Pau Luque) Notícias »Quintopólio? Cinco empresas tecnológicas têm 46% da receita global de anúnciosAs receitas de publicidade em 2020 da Google, Facebook, Alibaba, proprietário do TikTok, Bytedance e Amazon somaram 296 mil milhões de dólares – representando 46% do mercado. Em contraste, em 2010, as cinco maiores empresas – Google, Viacom / CBS, News Corp / Fox News, Comcast e Disney – responderam por 17% do mercado com 70 mil milhões em receitas combinadas. Notícias »Brasil: Conceder selo de verificação nas redes sociais continua uma bagunçaOs cobiçados selinhos azuis chegam a ser negados para jornalistas, mas podem ser concedidos a páginas e perfis que espalham desinformação. Um sinal para os adeptos da “certificação”. Opinião »”Boa sorte, senhor Assange!”Neste sábado, o fundador do WikiLeaks comemorou 50 anos sozinho, na sua cela, na Grã-Bretanha. O filósofo esloveno Slavoj Zizek apela a não esquecermos Julian Assange, declarado inimigo público pelos Estados Unidos. Opinião »Espanha: Os leitores rejeitam coutos vedados“El País” quebrou um tabu em fevereiro passado. Desde esse mês, os leitores podem comentar os editoriais do jornal nos fóruns de participação, zona sagrada proibida até então ao escrutínio público. Caiu um muro intransponível durante quatro décadas, mas os leitores querem derrubar outros relevantes, como os espaços dos colunistas habituais, intocáveis ainda nesses fóruns. (Carlos Yárnoz, provedor do leitor de “El País”) Ler mais…Documentos, Notícias »Novo pacto para o jornalismoChegou a hora de um New Deal for Journalism, um grande compromisso à escala nacional e internacional para promover o jornalismo digno desse nome, jornalismo de interesse público e jornalismo de qualidade: gratuito, independente e confiável. O Fórum sobre Informação e Democracia está publicando as suas recomendações sob o título Um Novo Acordo para o Jornalismo. O relatório apresenta um plano para garantir até 0,1% do PIB anual ao jornalismo para salvaguardar a sua função social. Opinião »EUA: A retórica extremista dos media de direita está a “intensificar-se”Comparações de democratas com nazis e sugestões de que milhares de pessoas deveriam ser executadas despertam receios de violência. (Adam Gabbatt) Opinião »Notas sobre a ofensiva da direita radical (1)Só não vê quem não quer ver: há uma ofensiva da direita radical no espaço público, que associa os temas “lubrificantes” da vitimização, da pseudociência académica para efeitos de autoridade, do sectarismo político, a uma enorme agressividade verbal e ataques pessoais. A utilização extensiva de fake news faz parte do padrão dos ataques ad hominem. O objectivo é criar uma ecologia favorável ao que chamam “resistência ao socialismo” — porque para eles é tudo “socialismo” — para varrer o centro político e a moderação, e instituir uma arregimentação tribal, ajudando a corroer a democracia parlamentar. Quem se preocupa com a democracia passou agora à categoria de “situacionista”, e eu preocupo-me porque sei de onde isto vem e aonde isto vai dar. (José Pacheco Pereira) |
“O que está a acontecer no mundo não é só profundamente imoral, mas também suicida” (Entrevista com Noam Chomsky, in “Diário de Notícias”)