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Manuel Carvalho anunciou que irá abdicar das funções de direção no Público, cargo que havia assumido há cinco anos. David Pontes, atual diretor-adjunto e responsável pela redação do Público no Porto, será o próximo diretor, a partir de 1 de junho.

Numa nota publicada no site do jornal, David Pontes diz que “é o momento de alargar o caminho feito, levando o nosso jornalismo sólido e, simultaneamente, disruptivo a cada vez mais leitores”. Prometendo “um reforço da capacidade de inovação, mantendo aquilo que é a matriz do Público desde a sua nascença, o jornalismo independente de qualidade”, reforça a urgência de “abraçar as mudanças, num setor que não para, que exige rapidez e um olhar muito especial para as novas gerações de leitores”.

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A precariedade laboral, a dificuldade em conciliar a vida profissional e familiar e lidar com a pressão são as principais queixas dos profissionais que, segundo dados preliminares do Inquérito Nacional às Condições de Vida e de Trabalho dos Jornalistas em Portugal, conduzem cada vez mais a situações de burnout.

Os resultados revelam que 48% dos inquiridos dizem ter níveis elevados de esgotamento profissional e 18% sentem-se em exaustão profissional – um valor acima da média europeia. Analisados por Raquel Varela, os dados do inquérito apontam para um índice de esgotamento profissional de 40,7, um nível preocupante e que ultrapassa, por exemplo, os valores dos enfermeiros portugueses, que têm um índice de esgotamento de 40,3. 

As conclusões deste inquérito nacional, que resultou de uma parceria entre o Sindicato de Jornalistas, a Casa da Imprensa e a Associação Portuguesa de Imprensa, com o apoio da Federação Europeia de jornalistas, vão ser entregues ao Ministério da Cultura, que tutela a Comunicação Social.

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Os trabalhadores da Agência Lusa iniciaram esta quinta-feira uma greve que se prolongará até domingo. Os trabalhadores reivindicam aumentos salariais de 120€ por mês e rejeitaram a contraproposta apresentada pela administração, que primeiro era de 35€, aumentando esta semana para 74 euros.

A adesão, segundo os sindicatos, é “extremamente significativa” e a “empresa está paralisada”. Não há notícias na linha da Lusa e o serviço deverá ficar suspenso nos quatro dias de greve.

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José Duarte, o maior divulgador do jazz em Portugal, morreu na madrugada desta quinta-feira, aos 84 anos. O programa “Cinco Minutos de Jazz” foi o que mais tempo se manteve no ar na rádio portuguesa – teve a sua primeira emissão em 1966, na Rádio Renascença, e atualmente era emitido na Antena 1.

Foi agraciado pela Presidência da República com a Medalha de Mérito Cultural e o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, recebeu o Prémio Autores da SPA para Melhor Programa de Rádio e era sócio do Clube de Jornalistas.

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O Sindicato dos Jornalistas realiza a 30 de março a Conferência “Burnout e Condições de Trabalho”, entre as 9h e as 17h, na Casa da Imprensa. Um evento que também pode ser acompanhado por streaming, através do YouTube.

Serão apresentados os resultados preliminares do Inquérito Nacional às Condições de Vida e de Trabalho dos Jornalistas em Portugal, coordenado pela investigadora Raquel Varela, no qual será possível descobrir os novos números sobre o modo de vida, as relações de trabalho e o desgaste profissional dos jornalistas em Portugal. Por exemplo, que pelo menos metade dos jornalistas trabalha mais de 40 horas por semana, além de terem uma média de 1.04 filhos por pessoa, sendo a média nacional de 1.41.

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A Associação 25 de Abril lamentou em comunicado a morte do jornalista Albino Ribeiro Cardoso, um “civil de abril”, sublinhou a entidade presidida por Vasco Lourenço.

“Jornalista prestigiado, militante de sempre do 25 de Abril, o Ribeiro Cardoso é bem um exemplo de um civil de Abril, sempre na luta por um Portugal mais livre, mais democrático, justo, solidário e em paz.”

Na mesma nota refere-se que Ribeiro Cardoso, falecido esta quinta-feira, 23 de março, estava “permanentemente disponível para colaborar nas atividades da Associação 25 de Abril”.

“Deixa-nos mais pobres, como mais pobres ficam os seus familiares e amigos e também Portugal.”

Natural do Porto, Ribeiro Cardoso tinha 77 anos. Fez parte dos corpos-gerentes do Clube de Jornalistas durante mais de 30 anos e ganhou o Prémio Gazeta Televisão em 1987.

Iniciou a sua carreira em 1971 no Diário de Lisboa, foi fundador do semanário O Jornal e passou depois por vários títulos na imprensa nacional, nomeadamente em Macau, e pela RTP, onde assinou várias reportagens e assegurou a coordenação de programas.

O seu funeral realizou-se no sábado, no crematório do cemitério dos Olivais.

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Por Maria Flor Pedroso

Há dias que são mais tristes que outros.

Hoje é um desses dias. Acordei e o Ribeiro Cardoso já não está.

Há mais de 30 anos que o conheço, do Sindicato no inicio da década de 90, mas sobretudo do encontro no Clube. Aqui, numa mesa redonda na sala dos azulejos, decidíamos os temas do “Clube de Jornalistas”, um programa de televisão na então 2, em almoços magníficos de bravas discussões e melhores gargalhadas. 

Éramos muitas e muitos à volta daquela mesa redonda. O programa abordava questões de jornalismo e foi o percursor de muitos outros programas com jornalistas dentro ( está na RTP arquivo, pelo menos alguns). Naquela altura ainda nem sequer existia o Canal Notícias de Lisboa, o primeiro canal de notícias 24/24 em Portugal.

Há 10 anos, nos 40 anos do 25 de Abril, o Bino chega-me com uma ideia que peguei logo.  Então e os que fizeram o 25 de Abril e ninguém conhece?

Agradeci-lhe mil vezes ter-me permitido, através dos seus inesgotáveis contactos, fazer a série “25 heróis do 25” (está no RTP play) e ter podido contar as histórias daqueles que colocaram uma pedra para chegarmos ao primeiro dia inteiro. 

Tenho-te e temos-te uma dívida tão grande quanto a tua desmesurada generosidade.

Foste um herói, querido camarada.

Esta é a minha história com o Ribeiro Cardoso, venham outras.

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Morreu esta quinta-feira em Lisboa o jornalista Albino Ribeiro Cardoso. Natural do Porto, tinha 77 anos. Fez parte dos corpos-gerentes do Clube de Jornalistas durante mais de 30 anos e ganhou o Prémio Gazeta Televisão em 1987.

Iniciou a sua carreira em 1971 no Diário de Lisboa, foi fundador do semanário O Jornal e passou depois por vários títulos na imprensa nacional, nomeadamente em Macau, e pela RTP, onde assinou várias reportagens e assegurou a coordenação de programas.

O velório realiza-se na sexta-feira, 24 de março, a partir das 18h, na igreja do Parque das Nações Norte (Passeio dos Heróis do Mar, 18). O funeral está marcado para as 14h00 de sábado, no crematório do cemitério dos Olivais.

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Em plenário realizado esta quarta-feira, 15 de março, os trabalhadores da Agência Lusa aprovaram a convocação de uma greve de quatro dias, entre 30 de março e 02 de abril, reivindicando “aumentos de salários dignos”, anunciaram em comunicado os sindicatos dos Jornalistas (SJ), dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas (SITE CSRA) e dos Trabalhadores do Setor de Serviços (SITESE).

A greve foi aprovada com 155 votos a favor e uma abstenção.

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Assinalando um ano de guerra, os repórteres da RTP Cândida Pinto e David Araújo apresentam no livro “Ucrânia Insubmissa” (Ed. Dom Quixote) um conjunto de textos e fotos realizados em vários pontos daquele país, entre fevereiro e maio de 2022. Numa linguagem diferente da utilizada nas reportagens televisivas, as palavras da jornalista mais experiente da televisão portuguesa encontram o enquadramento perfeito nas fotografias do repórter de imagem.

A apresentação do livro vai realizar-se no dia 23 de março, às 17h30, na Livraria Buchholz, em Lisboa.

“Imprevisível. Foi esta a palavra tantas vezes ouvida no início da invasão russa da Ucrânia e pelo tempo fora. A princípio duvidava. Será que iríamos mesmo entrar numa guerra? Parecia-me impossível que, em 2022, não existissem vias de entendimento suficientes para evitar um conflito de grandes proporções no continente europeu. Estava enganada. A 24 de fevereiro de 2022 eu e o repórter de imagem David Araújo encontrávamo-nos na cidade de Kiev, alvo prioritário da invasão russa de larga escala. A nossa missão era clara: dar testemunho, apesar de todas as limitações, do que estava a acontecer. Passámos por dias de grande incerteza, silêncio, amargura, medo, exaustão. Às vezes pequenas surpresas, breves alegrias. E depois aquela súbita vertigem de um míssil a mudar o correr das vidas. E os exemplos de resistência e resiliência de um país a ser interrompido e invadido – porém, insubmisso. Reunimos essa caminhada pelos primeiros meses de guerra, rente ao chão, onde estão sempre os civis em qualquer conflito.”