 JJ #82 A edição n.º 82 da revista Jornalismo & Jornalistas, que assinala os Prémios Gazeta 2022, lança o debate sobre o Regulamento Liberdade dos Meios de Comunicação Social. Carla Martins e Nuno Viegas oferecem os seus pontos de vista acerca do diploma, cujo processo legislativo está em curso na União Europeia, perspetivando mudanças a vários níveis. A crise “não é do Jornalismo, é do modelo de negócio”, sustenta Luís Filipe Simões, na abertura de um dossiê que aborda as diversas facetas de um panorama cada vez mais preocupante. A situação n’A Bola, no Jornal de Notícias e na TSF – onde se realizou uma greve inédita, como recorda Filipe Santa-Bárbara –, e a ameaça à sobrevivência do fotojornalismo merecem atenção. (mais…)Prémios de Jornalismo |
Opinião »Polónia: Projecto de lei do governo é mais uma acção para silenciar os críticosEm 2015, ano em que o partido populista Lei e Justiça (PiS) chegou ao poder na Polónia, o país ficou em 18º lugar – a sua posição mais alta de sempre – entre 164 países no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras. Este ano caiu para a posição mais baixa de sempre, 64º, continuando uma queda anual que o deixou logo abaixo do Malawi e da Armênia. (Jon Henley) Opinião »Captura de media: consolidando o controle através de financiamento e propriedadeNo primeiro artigo de uma curta série, o Media Development Investment Fund analisou os dois primeiros dos quatro principais elementos da captura de media: captura do regulador dos media e controle da emissora de serviço público. Neste artigo, analisa-se a utilização do financiamento estatal como ferramenta de controle e assumir a propriedade para interferir nos conteúdos. (Snezana Green) Notícias »Tácticas investigativas que os repórteres preferem Dezenas de jornalistas experientes falaram-me sobre as numerosas ferramentas e técnicas que se mostraram úteis nas suas investigações. Mas, repetidamente, eles apontam para cerca de uma dúzia de tácticas nas quais confiam o tempo todo. Partilhamos essas técnicas favoritas neste artigo. (Rowan Philp) Notícias »Sindicato denuncia atraso constante no pagamento a colaboradores do Global MediaO Sindicato dos Jornalistas «repudia que até hoje, 11 de agosto, centenas de colaboradores dos diversos títulos do Global Media Group estejam sem receber o pagamento pelo trabalho realizado durante o mês de junho». Os jornalistas em causa – trabalhadores independentes, a maioria paga à peça, outros em regime de avença – estão a receber depois do dia 11, de forma continuada há mais de dois anos. Opinião »Jornalismo como actividade transcultural Numa redação jornalística tradicional, ocorre o seguinte: cada editoria trabalha por conta própria sem levar em consideração as demais, mas se algumas delas decidirem trocar informações sobre uma mesma reportagem, teremos uma cooperação interdisciplinar. O estágio mais avançado de colaboração, a transdisciplinaridade, é alcançada quando as editorias, além de trocar, recombinam dados, fatos e eventos para produzir um texto que nenhuma delas poderia ter feito isoladamente. (Carlos Castilho) Opinião »Brasil: O jornalismo contra siO jornalismo sempre cumpriu um papel fundamental na democracia liberal. A função de fiscalizar o governo e forçar a transparência dos atos públicos é responsável pela noção de quarto poder. Nesse papel, há também o compromisso de estimular o debate público ao dar visibilidade para as correntes políticas em disputa. A crise da democracia liberal implica, assim, em uma crise também para o jornalismo. (Kelly Prudencio e Camilla Tavare) Opinião »Qual o efeito da presença de mulheres no jornalismo? Infelizmente, ainda é notável a falta de igualdade entre homens e mulheres, e entre pessoas brancas e negras. No mundo todo, a maioria dos ocupantes de cargos de chefia no jornalismo é masculina e branca — o que torna a visão de sociedade dos jornais também predominantemente masculina e branca (além de hétero e de classe média). Esse padrão, seguido desde os primórdios da profissão, contrasta com a predominância numérica de jornalistas mulheres. No Brasil, são 64% delas contra 36% deles. (Andressa Kikuti) Opinião »Uma avalanche crítica do jornalismo sensacionalista que completa 70 anos «A disposição [do jornalismo sensacionalista] para criar um fato, ou para convertê-lo em espetáculo, está no centro de uma reflexão apresentada por Billy Wilder, em A Montanha dos Sete Abutres [O Grande Carnaval, em Portugal]. Completando sete décadas, a crítica mordaz reflete mais do que uma visão relacionada aos limites de atuação do jornalista, propondo interpretações sobre uma sociedade em transformação e a função dos veículos de comunicação.» (Sidimar Rostan) [Título original Ace in The Hole] Notícias »Alemanha: Taxa do audiovisual aumentada para lutar contra a desinformaçãoO Tribunal Constitucional validou um acréscimo de 86 cêntimos para permitir aos meios de comunicação públicos de rádio e televisão apresentar “a verdade graças a informação autenticada, procurada com seriedade”. A partir de agora, a taxa será de 18,36 euros por mês. Opinião »Acesso negado ou concedido? As relações com as fontes são mais escrutinadas e mais complicadas do que nunca. (Gretchen A. Peck) |
“O que está a acontecer no mundo não é só profundamente imoral, mas também suicida” (Entrevista com Noam Chomsky, in “Diário de Notícias”)
Le Monde – Médias
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