Iniciativas pré-Congresso abertas ao público a partir de dia 15
Antecedendo o 5.º Congresso dos Jornalistas, nos dias 15, 16 e 17 de janeiro serão muitas as iniciativas de acesso livre e gratuito no Cinema São Jorge, em Lisboa.
Na quinta-feira, dia 18 de janeiro, começam os trabalhos do 5.º Congresso dos Jornalistas, que decorre até dia 21 de janeiro. Desta vez não foi preciso esperar quase 20 anos, mas ainda assim já passaram 7 anos desde o último. A organização voltou a ser assumida por três instituições: Clube de Jornalistas, Casa de Imprensa e Sindicato de Jornalistas, tendo sido escolhido o jornalista Pedro Coelho para liderar a Comissão Organizadora.
Em 2024, dá-se a feliz coincidência de o 5.º Congresso de Jornalistas coincidir com as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. Esse facto traduziu-se, para a organização do Congresso, na evidência de que havia que assinalar a data cruzando-a com a instauração da democracia e da liberdade em Portugal.
O desafio era enorme e, por certo, muitas outras iniciativas caberiam nos três dias disponíveis para esta programação especial dedicada a destacar a estreita relação entre o Jornalismo e o 25 de Abril.
Destacamos alguns momentos-chave deste pré-Congresso, além dos debates, teatro e música:
Dia 16
17h – Homenagem aos 90 anos do Sindicato de Jornalistas
18h – Homenagem às mulheres jornalistas
Dia 17
17h – Exposição Ephemera
Dia 18
20h – Lançamento do livro “Noticiar a Liberdade” – presença dos 20 jornalistas que contaram o 25 de Abril, resultado de 4 conversas no Clube e na Casa de Imprensa
Dia 21
15h30 – Homenagem a João Mesquita e Mário Mesquita
Inscrevendo o Jornalismo como pilar da democracia e agente social, prestar-se-á tributo ao passado, ao mesmo tempo que se reflete sobre o presente.
O teatro estará presente em primeiríssima mão, com um ensaio aberto da peça “A Noite”, inspirada na obra de José Saramago e levada a cena pelo Grupo de Teatro de Jornalistas do Norte. Ainda em versão ‘trabalho em curso’, já que só terá estreia oficial a 24 de abril, a peça servirá de mote a uma conversa com Pilar del Rio, seguida de debate informal com a plateia.
Pela grande tela passará uma pequena amostra de conteúdos jornalísticos sobre o 25 de Abril e será também dado destaque à rádio, propondo-se uma experiência de partilha sonora, em sala de cinema.
O Cinema São Jorge acolherá duas exposições: a reposição, com algumas adaptações, de “Proibido por inconveniente”, da autoria do Arquivo Ephemera, e uma amostra dos ricos arquivos jornalísticos da Fundação Mário Soares Maria Barroso, concretamente dos fotógrafos estrangeiros Ingeborg Lippman e Peter Collis, nunca expostos em Portugal.
Ambas as exposições ficarão patentes nas vitrines do cinema até final de janeiro (com entrada livre, à exceção dos dias 18, 19 e 20 de janeiro, quando decorre o 5.º Congresso de Jornalistas) e serão acompanhadas por visitas guiadas e tertúlias.
A rua será o palco de outra exposição, “Portugal Livre 1974-2024”, que colocará em diálogo quem fotografou o 25 de Abril e fotojornalistas nascidos após 1974, sobre o que foi conquistado e o que falta conquistar desde a Revolução.
Esta mostra, com curadoria do fotojornalista Mário Cruz, fundador da Narrativa, será inaugurada a 15 de janeiro, às 15h00, e ficará patente no espaço público de Lisboa durante um mês.
No dia 16, às 15h00, contaremos com uma intervenção do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, seguida de um debate com estudantes.
A programação inclui ainda três momentos de homenagem: às mulheres jornalistas, ao Sindicato dos Jornalistas (que assinala o seu centenário em 2024) e a quem foi jornalista no tempo da censura e tentou contorná-la para garantir o direito à informação do povo português (esta última, no dia 17, incluirá uma atuação musical de Vitorino Salomé).
Esta programação especial fechará com uma “Banda sonora de uma Revolução”, uma viagem pela música que se ouvia em 1974 conduzida pelo radialista Mário Dias, que revolucionou os bares e discotecas do Cais do Sodré e foi o primeiro DJ do bar “Jamaica”.
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