O jornalismo e os paradoxos das narrativas eleitorais
O jornalismo terá uma missão crítica na cobertura das eleições de outubro porque o que estará em jogo não são dados ou fatos, mas narrativas, a expressão da moda entre políticos e marqueteiros. Narrativa é a forma de arrumar dados, fatos e eventos para dar-lhes algum tipo de significado ou importância, e com isto influir na forma como as pessoas percebem a realidade que as cerca — escreve Carlos Castilho no Observatório da Imprensa, tratando um tema muito oportuno, pela proximidade das eleições em Angola e Brasil.
Num processo eleitoral – prossegue o jornalista –, os candidatos e seus apoiantes buscam votos através de narrativas capazes de promover seus posicionamentos, propostas e ideias. Logo, as narrativas eleitorais inevitavelmente atropelam a objetividade e a isenção porque são construídas para atender a uma estratégia política pré-estabelecida pelo candidato.
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