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Os jornais a caminho de serem uma espécie em vias de extinção

1 de Setembro de 2021


Os dados da APCT relativos ao primeiro semestre de 2021 continuam a registar quebras nas vendas da imprensa generalista, com excepção do semanário “Expresso” que recupera parte da perda verificada em igual período de 2020. De acordo com os números divulgados pelo “Meios & Publicidade”, a curva de vendas dos jornais diários não dá sinais de inverter a tendência descendente. Especialmente preocupantes são as vendas do “Diário de Notícias” (um milhar e meio de exemplares) e do “Público” (com pouco mais de 10 mil).
O “Correio da Manhã” veio gabar-se de vender «em banca quase o dobro dos restantes diários nacionais juntos» (50.102 exemplares), mas omite a contínua diminuição das suas vendas. Longe vão os tempos em que o “CM” vendia mais de cem mil exemplares. Em fevereiro de 2019, ainda o “CM” vendia uma média de 73.192 exemplares por dia em banca, com uma quota de mercado de 61,6%.
Este triunfalismo disparatado, habitual no “CM”, parece ignorar que as quebras contínuas de vendas de um jornal são uma espécie de vírus que acaba por afectar todos os restantes. O descalabro das vendas nos últimos 20 anos tem, aliás, um carácter pandémico. O “Diário de Notícias” tem todo o aspecto de estar ligado ao ventilador. Como parece ser o caso de outros que não são auditados pela APCT. (João Alferes Gonçalves)

» “Expresso” contraria tendência de quebra na imprensa generalista (“M&P”)

» “CM” vende em banca quase o dobro dos restantes diários (“CM”)

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