JJ #82A edição n.º 82 da revista Jornalismo & Jornalistas, que assinala os Prémios Gazeta 2022, lança o debate sobre o Regulamento Liberdade dos Meios de Comunicação Social. Carla Martins e Nuno Viegas oferecem os seus pontos de vista acerca do diploma, cujo processo legislativo está em curso na União Europeia, perspetivando mudanças a vários níveis. A crise “não é do Jornalismo, é do modelo de negócio”, sustenta Luís Filipe Simões, na abertura de um dossiê que aborda as diversas facetas de um panorama cada vez mais preocupante. A situação n’A Bola, no Jornal de Notícias e na TSF – onde se realizou uma greve inédita, como recorda Filipe Santa-Bárbara –, e a ameaça à sobrevivência do fotojornalismo merecem atenção. (mais…)Prémios de Jornalismo |
Opinião »Brasil: Ele não te prometeu um mar de rosasHá autores que veem jornalismo e democracia como algo indissociável. Outros, como coisas totalmente distintas. E há ainda quem defenda que o jornalismo deve servir à democracia. Este último, com adaptações, claro, é o mote de muitos jornais ditos ocidentais. Há quem prefira ver o jornalismo, atividade intelectual, separado da mídia, plataforma. Porém, jornalismo não é literatura feita à pressas, não é ficção, não é feito de maneira solitária e não necessita somente de pena e papel, papel e máquina ou somente tablet. Até onde se soube, precisou de suporte físico. Ainda que venha a tornar-se somente um sopro numa nuvem de dados, certamente será distinto de outras atividades textuais. (Juliana Rosas) Opinião »Espanha: Jornalistas reivindicam o valor essencial da liberdade de imprensa para a vitalidade da democraciaNo Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a federação das associações de jornalistas reivindicou o valor essencial do jornalismo independente, sempre baseado em factos verídicos e comprovados, como um bem público e um serviço essencial para garantir a sobrevivência da democracia. Notícias »A ONU cataloga “maré arrepiante de abuso” contra mulheres jornalistasMisoginia, intolerância e ameaças “cortam a confiança do público”, alerta relatório após grande investigação. (Emma Graham-Harrison) Opinião »“Le Monde” e o “presidente epidemiologista”: as recorrências de um comunicador-jornalistaDe “Júpiter” ao “presidente epidemiologista”, passando pelo “mestre do tempo” ou “doutor Macron”, aos redactores e jornalistas políticos nunca falta imaginação para glorificarem o presidente e garantir o serviço pós-venda de sua comunicação. “Le Monde” é um lindo viveiro, onde uma alta sacerdotisa como Françoise Fressoz – que escreveu há poucos dias “Macron quer ser uma mistura de Turgot, Bonaparte e de Gaulle” – ombreia com penas mais jovens. Entre eles, o “jornalista encarregado do executivo” Alexandre Lemarié, cuja profissão questiona: jornalista ou comunicador? (Paul S.) Opinião »O que trabalhar numa quinta ensinou a um jornalista sobre a narrativa visualTeste de campo – Episódio 1: No qual o nosso correspondente explica o que está fazendo num campo de feijão com um bastão de selfie. (Alexander Trowbridge) Opinião »Facebook e a normalização do desvioA questão de esperar para resolver os problemas muito depois de saber que eles existem. (Sue Halpern) Notícias »ONU apela à defesa dos direitos dos jornalistas“Os factos, e não as mentiras, devem guiar as pessoas quando escolhem os seus representantes. No entanto, embora a tecnologia tenha transformado a forma como recebemos e partilhamos informações, às vezes também é usada para enganar a opinião pública ou para alimentar a violência e o ódio” — palavras do secretário-geral das Naões Unidas, António Guterres, na mensagem alusiva ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se celebra a 3 de maio. Opinião »Teletrabalho e estratégia de embaratecimento dos custos do trabalhoOs jornalistas estão entre os profissionais mais atingidos pelo teletrabalho, não só em casa, mas também na rua. E a indústria dos media está cheia de exemplos de empresas que se apressaram a anunciar o estabelecimento do teletrabalho como opção definitiva. Razões mais do que suficientes para justificar a chamada de atenção para este texto de Hugo Dionísio. Opinião »Reino Unido: O “Guardian” dispensa o cartunista Steve BellO “Guardian” decidiu não renovar o contrato com o cartunista Steve Bell, depois de 40 anos de colaboração traduzidos em mais de 8.300 tiras da série “If…” e 4.600 cartunes publicados. (Charlotte Tobitt) Opinião »Canadá: Um robot chamado Sophi angariou 170 mil assinantes digitais para um jornalEnquanto em Portugal os media se enredam em coisas como o Nónio (facilmente ultrapassável, diga-se), o canadiano “The Globe and Mail” desenvolveu um programa de inteligência artificial para aumentar as assinaturas digitais. (William Turvill) |
“O que está a acontecer no mundo não é só profundamente imoral, mas também suicida” (Entrevista com Noam Chomsky, in “Diário de Notícias”)