JJ #82A edição n.º 82 da revista Jornalismo & Jornalistas, que assinala os Prémios Gazeta 2022, lança o debate sobre o Regulamento Liberdade dos Meios de Comunicação Social. Carla Martins e Nuno Viegas oferecem os seus pontos de vista acerca do diploma, cujo processo legislativo está em curso na União Europeia, perspetivando mudanças a vários níveis. A crise “não é do Jornalismo, é do modelo de negócio”, sustenta Luís Filipe Simões, na abertura de um dossiê que aborda as diversas facetas de um panorama cada vez mais preocupante. A situação n’A Bola, no Jornal de Notícias e na TSF – onde se realizou uma greve inédita, como recorda Filipe Santa-Bárbara –, e a ameaça à sobrevivência do fotojornalismo merecem atenção. (mais…)Prémios de Jornalismo |
Opinião »Uma mulher jornalista fala sobre o futuro da profissão no AfeganistãoZahra Joya, 28, fundou há dez meses com mais cinco jornalistas um jornal digital para falar sobre os problemas das mulheres afegãs. Agora, o futuro do projecto é uma incógnita. Opinião »Ciência, Política e a PandemiaEste artigo analisa as campanhas de desinformação como propaganda no Brasil e na Hungria entre janeiro e julho de 2020 [1]. Elas se baseiam em um roteiro comum de teorias da conspiração, adaptado ao contexto local, e que justificam o ataque às universidades, educação pública e instituições do sistema de ciência, tecnologia e inovação. Tal fenômeno não é recente, mas tais campanhas trouxeram consequências às políticas para a saúde da população durante a pandemia de Covid-19, confirmando o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) chama de “infodemia“.(Graziela Ares, da Universidade de Coimbra, e Leda Maria Caira Gitahy e Gabriela Villen, da Universidade Estadual de Campinas) Notícias »EUA: Época de caça aos jornalistas em Los AngelesRepórteres que cobriam protestos de direita foram agredidos, roubados e pulverizados com gás, sem que a polícia fizesse cumprir a lei. (Lois Beckett) Opinião »Brasil: Estadão dá tiro no péO jornal O Estado de S. Paulo comprometeu a própria credibilidade perante seus 232,8 mil leitores diários ao dedicar, na edição do dia 22 de agosto, uma página dupla para publicar um conjunto de textos, aparentemente jornalísticos, sobre o conflito entre ruralistas e indígenas. (Carlos Castilho) Opinião »Harmony Square: entenda como um jogo virtual ajuda a combater a desinformação…O jogo actua como uma vacina, então da próxima vez que as pessoas encontrarem postagens falsas no mundo real, elas vão reconhecer de que se trata … (Teresa Carr) Notícias, Opinião »Os jornais a caminho de serem uma espécie em vias de extinçãoOs dados da APCT relativos ao primeiro semestre de 2021 continuam a registar quebras nas vendas da imprensa generalista, com excepção do semanário “Expresso” que recupera parte da perda verificada em igual período de 2020. De acordo com os números divulgados pelo “Meios & Publicidade”, a curva de vendas dos jornais diários não dá sinais de inverter a tendência descendente. Especialmente preocupantes são as vendas do “Diário de Notícias” (um milhar e meio de exemplares) e do “Público” (com pouco mais de 10 mil). » “Expresso” contraria tendência de quebra na imprensa generalista (“M&P”) » “CM” vende em banca quase o dobro dos restantes diários (“CM”) Opinião »‘Hazar’ não se publica por azarOs erros têm crescido paralelamente ao aumento de notícias, cortes e ao mau uso da língua. (Carlos Yárnoz, provedor do leitor de “El País”) Ler mais…Opinião »Reino Unido: A perspectiva do “Guardian” sobre segredos oficiais: planos para minar a democraciaOs ministros vão prejudicar a liberdade de imprensa com propostas que, se aprovadas, intimidariam os jornalistas para que se tornassem dóceis. (Editorial do “Guardian”) Opinião »Quem é o “vilão” da democracia?Autores como Robert Putnam atribuíam o declínio da participação cívica à televisão, ideia central do texto Bownling alone: american’s declining social capital (1995). Para ele, quanto mais tempo as pessoas passavam assistindo aos programas televisivos, menos tempo elas dedicavam às interações sociais. Para Putnam, eram esses momentos de conversa que construíam o capital social, fundamental para que houvesse cooperação, confiança e reciprocidade, o que estreitaria os laços sociais e o sentimento de pertencimento à nação. A consequência disso seriam pessoas mais engajadas com a vida social, pública e política, ou seja, cidadãos participativos aptos a construir uma democracia. (Mariane Nava) Ler mais.. Opinião »Brasil: A comunicação pública e o golpeUma das primeiras vítimas do golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff foi a comunicação pública. Ainda pouco consolidada, instalada com abrangência nacional em 2007 com a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), tornou-se alvo prioritário dos novos detentores do poder federal. (Laurindo Lalo Leal Filho) |
“O que está a acontecer no mundo não é só profundamente imoral, mas também suicida” (Entrevista com Noam Chomsky, in “Diário de Notícias”)